Mulheres minhas
Há alguns anos atrás eu me achava preparado para a vida, tinha plena convicção de que tudo já estava bem encaminhado, que não haveriam tropeços. Foi quando conheci a primeira mulher da minha vida, quando minha espinha retorceu, meu estômago embrulhou, meu queixo caiu ao chão e levei alguns tapas na cara para voltar a encarar o mundo com segurança.
Faz parte do aprendizado, eu sei, mas não é uma pena que tantas outras mulheres tenham perdido sua graça? Já não bastam mais a boca, os olhos, as nádegas, os seios e o insinuante rebolado se não há pimenta no tempero. Foi a pimenta que retorceu minha espinha, embrulhou meu estômago, fez cair meu queixo e deu-me os tapas bem dados que precisava.
Depois do primeiro tombo, levei alguns outros. Confesso que gostei do segundo mais que do primeiro, do terceiro mais que do segundo, que deliciei-me cada vez com mais intensidade. Masoquista que sou, adorei ser chamado de certinho demais, de burro, de insensível, de ter minhas pálpebras abertas a fórceps para enxergar o que tinha que ser visto.
Mulheres minhas, meu bobo obrigado pelos mundos inexplorados que só vocês sabem abrir.
Faz parte do aprendizado, eu sei, mas não é uma pena que tantas outras mulheres tenham perdido sua graça? Já não bastam mais a boca, os olhos, as nádegas, os seios e o insinuante rebolado se não há pimenta no tempero. Foi a pimenta que retorceu minha espinha, embrulhou meu estômago, fez cair meu queixo e deu-me os tapas bem dados que precisava.
Depois do primeiro tombo, levei alguns outros. Confesso que gostei do segundo mais que do primeiro, do terceiro mais que do segundo, que deliciei-me cada vez com mais intensidade. Masoquista que sou, adorei ser chamado de certinho demais, de burro, de insensível, de ter minhas pálpebras abertas a fórceps para enxergar o que tinha que ser visto.
Mulheres minhas, meu bobo obrigado pelos mundos inexplorados que só vocês sabem abrir.